Vovó confeiteira

Ao lado de uma aldeia, havia uma pequena e linda casa rosa com o telhado roxo. Todos os dias, saía de lá um cheirinho maravilhoso. Era tão gostoso que parecia até mágico: era o cheiro de doces e bolinhos! 

Na casa, morava uma vovó confeiteira que fazia os docinhos mágicos mais incríveis do mundo. Todas as pessoas da aldeia iam até ela buscar essas delícias. A vovó adorava confeitar, misturava diferentes ingredientes coloridos e especiais, e cada doce era único. Ela cozinhava com alegria e amor, por isso suas guloseimas eram as melhores.

Histórias curtas para crianças - Vovó confeiteira
Vovó confeiteira

Um dia, um garotinho passou perto da casinha. Ele andava devagar, com o rostinho triste. Depois de um tempo, sentou-se em um banco em frente à casa e respirou fundo o cheirinho delicioso que vinha lá de dentro. A vovó logo percebeu. Ela saiu de casa, sentou-se ao lado dele e disse: “Que dia bonito, não é? Tudo parece melhor quando o sol está brilhando”. “Hmm”, respondeu o menino, com a cabeça baixa.

A vovó pensou por um momento e disse: “Parece que você está triste, não é? Se você me contar o que está te incomodando, talvez eu saiba que docinho fazer para melhorar seu dia”. 

O menino olhou para a vovó com seus olhos castanhos e então começou a explicar: “É que eu não me comportei bem com a minha irmãzinha. Sempre fazemos tudo juntos, brincamos, estudamos e nos ajudamos. Mas eu não quis emprestar meu brinquedo favorito para ela. Por causa disso, brigamos e agora não estamos mais nos falando.

“E você está arrependido?”, perguntou a vovó. “Sim, muito”, respondeu o menino. “E você já disse isso à sua irmãzinha?”, continuou a vovó. “Não, não estamos nos falando”, disse ele triste.

A vovó se levantou do banco e foi pensativa até a sua cozinha. Depois de um tempo, ela saiu com um pacotinho na mão. Dentro, havia um bolinho rosa bem fofo. 

Ela se sentou ao lado do menino e falou: “Vá para casa falar com sua irmã. Diga a ela o que você me disse. Que você sente muito e que está arrependido. Lembre-se: mais forte é quem sabe pedir desculpas, não quem fica mais tempo sem conversar. E dê este bolinho à ela. É o bolinho da reconciliação. Vai ajudar, você vai ver”. 

O menino agradeceu com um sorriso, pegou o pacote e correu para casa. Fez tudo exatamente como a vovó lhe disse.

Alguns dias depois, a vovó estava sentada no banco em frente à sua casa. O sol aquecia e ela aproveitava o tempo bom. De repente, duas crianças acenaram para ela de longe e se aproximaram. Era o menino com sua irmãzinha. Eles caminhavam de mãos dadas e sorriam. Trouxeram para a vovó uma flor que haviam colhido e agradeceram pelo delicioso bolinho que ela lhes deu. 

A vovó ficou muito feliz em vê-los. E também pelo bolinho da reconciliação ter ajudado. As crianças nunca mais esqueceram que a força não está em não falar, mas em saber pedir desculpas.

4.7/5 - (73 votos)

6 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Topo