Enquanto a pequena Helena caminhava alegre com o papai da escola até o carro, ela cantava feliz. Ela já se sentia grande, por ser uma aluna do pré-escolar.
“Que música linda!”, elogiou o papai quando entravam no carro. Helena só sorriu e continuou cantando.
“Você poderia cantar essa música linda para a mamãe no aniversário dela!”, disse o papai.
Helena congelou. Ai, ai, hoje é sexta-feira. Aquela sexta-feira que o papai já tinha falado! A mamãe fazia aniversário e ela não fez nada na escola! Ela esqueceu! Nem desenhou nada! Precisava fazer algo para ela. Ou inventar uma poesia! Se desse certo, talvez desse tempo de fazer os dois, a mãe merecia.

“Eu esqueci, papai. E agora?”, perguntou Helena com lágrimas nos olhos, esperando que ele a ajudasse a decidir o que fazer para a mãe.
O papai ficou pensativo: “Não se preocupe, vamos inventar alguma coisa juntos em casa!”, respondeu por fim.
Quando a Helena chegou em casa com o papai, a mãe ainda não tinha chegado. Ufa, que sorte! Helena foi para a cozinha, onde rapidamente decorou a mesa com a cor rosa. Ela colocou lacinhos rosa e brancos por toda parte, pratinhos de papel rosa e guardanapos lindos. Era a cor favorita da mãe. O pai colocou ali um lindo bolo de chocolate que tinha comprado numa loja.
“E que tal se não déssemos esse bolo comprado para a mãe, mas fizéssemos um juntinhos para ela?”, sugeriu o pai.
“Que ideia super legal!”, disse Helena, com os olhinhos brilhando. Assim poderia dar alguma coisa para a mãe.
A menininha vestiu o avental, subiu numa cadeirinha na cozinha e ficou esperando para ver que trabalho o papai ia dar para ela.
“Papai, vamos fazer um bolo rosa para ela! A mãe ama essa cor!”, disse a Helena. O pai acabou concordando, pegou o livro de receitas e achou uma receita de bolinho de chocolate com framboesa. E assim eles começaram a trabalhar.
Helena misturou açúcar, ovos e chocolate. O pai, enquanto isso, separou a farinha, o leite e lindas framboesas fresquinhas, que dariam um toque rosado ao bolo. Enquanto isso, os dois cantaram alegremente. Mas a farinha, ah, essa não ficou só na tigela — estava realmente por todo o lugar!
Quando o bolo estava quase pronto e eles o tiraram do forno, a mãe já estava quase chegando em casa.
“Papai, ainda temos que decorá-lo rapidinho!”, disse Helena. O papai sugeriu para a filha que ela mesma o decorasse, enquanto ele arrumava a cozinha, que, depois do trabalho dos dois, parecia que tinha passado por uma explosão de neve.
Helena então se dedicou à importante decoração. Por cima do bolo rosa, arrumou florezinhas de marzipã em formato de coraçõezinhos. Com confeitos coloridos, ela fez — meio torto — as letrinhas M-A-M-Ã-E! Depois ainda polvilhou toda sua criação com açúcar de confeiteiro, assim como sua avó tinha ensinado.
Helena estava orgulhosa de si mesma. Não só conseguiu montar as letrinhas direitinho, como também decorou o bolo lindamente!
“Trim!”, tocou de repente a campainha. “A mãe chegou em casa!”, anunciou a menina.
O papai abriu a porta para ela e a recebeu no apartamento todo enfeitado. Helena segurava um bolinho nas mãos e cantava a musiquinha: “Parabéns pra você, nesta data querida, muitas felicidades…”
A mãe ficou emocionada.
“Este é o bolo mais lindo e a festa mais especial do mundo!”, elogiou com lágrimas nos olhos.
Helena ficou radiante. Ela percebeu que a mãe não precisava de presentes caros. Tudo o que importava era um presente feito com amor. De coração.
Helena e o pai parabenizaram a mãe e começaram a comer o bolo rosa.
“E quem fez essa linda escrita com confeitos coloridos?”, perguntou a mãe.
“Eu, eu! E o papai nem me ajudou!”, se gabou a garotinha.
“Nossa, você vai brilhar na escola!”, elogiou a mãe.
E assim, a festa de aniversário para a mãe deu certo. Helena não estava mais triste. O bolo comprado não era nem de longe tão gostoso quanto o da Helena e do papai.