Čarovná labuť

Era uma vez um pequeno reino, escondido bem longe, atrás de montanhas e vales. Chamava-se Reino dos Cisnes. Recebeu esse nome por causa de um lindo lago que brilhava no coração do reino como uma joia reluzente. Esse lago era habitado por elegantes cisnes brancos — e foi por isso que o reino ganhou um nome tão encantador.

O pequeno reino abrigava aldeias minúsculas, escondidas aos pés de um castelo também pequeno, mas muito bonito, feito de tijolinhos. Todos no reino viviam em harmonia, ajudando-se e compreendendo-se uns aos outros.

Quem governava o Reino dos Cisnes era a bondosa rainha Anastácia. Seu filho, o príncipe Robert, protegia o vale ao lado do exército, pronto para defendê-lo de qualquer perigo. A paz e a união entre as pessoas faziam muitos outros reinos sentirem inveja do Reino dos Cisnes.

Histórias curtas para crianças - O cisne mágico
O cisne mágico

Numa manhã mágica e ensolarada, depois de um delicioso café da manhã, a rainha Anastácia passeava por seu pátio florido. Os passarinhos cantavam alegremente, saltando de galho em galho, e a rainha, encantada, juntou-se a eles, cantando baixinho e dançando com leveza.

Ela caminhou por seus belos jardins até chegar ao Lago dos Cisnes — seu lugar preferido. Nada lhe dava mais alegria do que observar aqueles graciosos cisnes brancos. Vestida com um delicado traje rosa cheio de babados, sentou-se em seu banco favorito à beira d’água e falou com carinho:

“Olá, meus lindos cisnes! Como estão hoje?”

Ao dizer isso, tocou a água morna e brilhante com a ponta dos dedos. Anastácia era conhecida por seu bom coração — não apenas se dava bem com as pessoas, mas também compreendia os animais. Seus cabelos castanhos, macios como seda, desciam até a cintura.

Mas, naquela manhã, algo estava diferente. Os cisnes não vieram nadando ao seu encontro como de costume. Que estranho… Por que estariam tão quietos?

Estavam deitados na margem, entre as pedrinhas e a grama, olhando tristemente para o horizonte. Era mesmo muito esquisito. Normalmente, eles corriam até ela, abriam as asinhas brancas e alguns até a molhavam com pequenas gotinhas de água, tamanha era a alegria.

Intrigada, a rainha se aproximou mais da margem. Os cisnes pareciam abatidos… e olhavam todos na mesma direção. Para onde estariam olhando?

Anastácia semicerrava os olhos quando finalmente percebeu: entre os cisnes brancos, escondia-se um pequeno cisne preto, deitado na frente dos outros, sem se mover. Era negro como um corvo, e lágrimas escorriam de seus olhos. Não era um cisne comum — e, certamente, não pertencia ao Lago Real. Como teria ido parar ali?

Com delicadeza, a rainha pegou o cisne preto de penas brilhantes e o aconchegou em seu colo, sobre o vestido cor-de-rosa. Acariciou-o suavemente e, com a voz cheia de ternura, perguntou:

“Como posso te ajudar?”

Para a grande surpresa da rainha, a pequena e estranha cisne negra ergueu os olhos para ela, cheios de lágrimas. Seu olhar transbordava sofrimento.

“Me ajude…”, pediu, por fim, a cisne aflita, com a voz fraca. “Eu… eu não tenho um lar.”, disse com tristeza, abaixando a cabeça.

Então, a pequena cisne negra contou à rainha Anastácia sua triste história. Anabel não apenas sabia falar, mas também possuía um poder mágico.

Ela explicou seu dom: toda vez que tocava alguém com sua asa brilhante, essa pessoa sentia o coração se encher de amor e encontrava a verdadeira felicidade. Mas isso só acontecia com quem realmente merecia.

Anabel revelou que havia nascido como um cisne branco, além das montanhas distantes. Mas, diferente dos outros, veio ao mundo com penas pretas que brilhavam de um jeito especial. Por causa disso, sua própria família a rejeitou e a expulsou do lago onde viviam. Não se importavam com seu dom mágico. Apenas viam que ela era diferente — e, por isso, a afastaram.

Para aqueles que só enxergavam a aparência, Anabel realmente não conseguia trazer felicidade.

Desde então, ela passou a voar pelo mundo, procurando um lugar onde pudesse ser aceita. Mas, por onde passava, só encontrava zombarias. Ninguém queria recebê-la — alguns até tentaram atacá-la.

Com o coração tocado pela dor daquela história, Anastácia acariciou com ternura as lindas penas pretas de Anabel e a colocou com carinho ao lado de seus cisnes brancos.

“Para mim, você é linda. E este será o seu novo lar!”, disse a rainha, apontando para o lago real e os jardins ao redor. “A partir de agora, você vai morar aqui, e eu vou cuidar para que você se sinta feliz e acolhida!”, completou Anastácia com um sorriso gentil.

E assim foi. A rainha cumpriu sua promessa. Os cisnes logo a aceitaram como parte da família, e em pouco tempo, pessoas de toda a região começaram a visitar o reino para ver a cisne preta mágica.

Finalmente, Anabel havia encontrado um lar — como sempre sonhou. Não vagava mais sozinha, nem vivia com medo. Tinha uma família e um lugar só seu.

Mas seu dom — de espalhar felicidade e amor verdadeiro — ela continuou oferecendo apenas àqueles que verdadeiramente mereciam. Desde aquele dia, o Reino dos Cisnes passou a brilhar ainda mais, cheio de amor puro, bondade e compreensão.

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