Em uma lagoa viviam várias rãs. Elas estavam muito bem lá e não lhes faltava nada. Mas elas começaram a ficar entediadas e a inventar várias bobagens. Então, tiveram a ideia de que deveriam ter um rei. Imediatamente começaram a coaxar alto para chamar a atenção de Zeus.
Zeus ouviu o coaxar alto, afastou as nuvens e olhou para a lagoa. As rãs estavam lá pulando e gritando alto para o céu.
“O que está acontecendo aí? Por que vocês estão coaxando tanto?”, perguntou Zeus.
“Nós gostaríamos de ter nosso próprio rei para nos governar”, responderam as rãs.
E então Zeus apenas deu de ombros e enviou-lhes um rei. Era tão grande que, quando caiu na superfície do lago, fez um estrondo ensurdecedor. As rãs ficaram tão assustadas que se esconderam debaixo d’água.
Por vários dias, um silêncio incomum reinou no lago. As rãs se escondiam debaixo d’água e tinham medo de sair. Só depois de alguns dias, uma das rãs se encorajou e espiou para fora da água. Na superfície, flutuava um grande tronco.
“Nosso rei é realmente grande”, coaxou.
Rãs curiosas foram, uma a uma, dar uma olhada também. Elas pularam no tronco e o examinaram cuidadosamente. E então começaram a pular sobre ele, a bater nele com os pés e a zombar dele.
“Senhor rei, você é um gordinho preguiçoso”, riam as rãs.
Zeus viu aquilo do céu e apenas balançou a cabeça. Rãs tolas, não sabem se comportar, pensou, mas deixou pra lá.
Assim, as rãs se divertiram por vários dias, até que o tronco começou a entediá-las. E começaram a coaxar novamente seus pedidos e a chamar Zeus.
Zeus olhou para as rãs, muito irritado por ter sido acordado tão cedo.
“O que é agora? Não podem fazer seus pedidos ao seu rei?”, Zeus se irritou.
“Poderoso Zeus, nosso rei não serve para nada”, reclamaram as rãs. “Ele é terrivelmente preguiçoso, não faz nada e não decide nada aqui. Além disso, ele é gentil, não pune ninguém, como pode ser um rei?”
“Muito bem, vou enviar-lhes outro rei”, decidiu Zeus.
“E o que prometeu, Zeus cumpriu. Enviou uma cegonha para as rãs. A cegonha não era exatamente a melhor rainha que as rãs imaginavam. Ela as perseguia e tentava comê-las. As rãs não podiam passear pelo junco sem medo. Em todo lugar, a cegonha faminta espreitava para pegá-las com o bico.
“Zeus, Zeus, croac, croac, croac, ajude-nos!”, gritavam novamente as rãs, mas Zeus estava muito zangado com elas.
O primeiro rei lhes parecia muito manso e preguiçoso, então agora que tenham uma rainha má, já que não quiseram o bom.
