Luquinha amava o universo e tudo o que estava relacionado a ele. Seu quarto estava cheio de brinquedos em forma de planetas, a cama tinha lençóis estampados com o espaço e, na parede, pôsteres de foguetes e astronautas famosos. Todas as noites, estrelinhas amarelas brilhavam no teto e o ajudavam a adormecer.
Mas aquela noite era especial. O papai tinha dito que as estrelas iam cair do céu. O menino preparou tudo para observar. No quarto, apagou as luzes, deixando só as estrelinhas do teto brilhando. Perto da janela, colocou seu telescópio e o apontou para o céu noturno. Enquanto isso, o papai preparava pipoca e chá quentinho para deixar a observação mais divertida.
“Mas nenhuma estrela está caindo…”, disse o menino tristemente. Eles já observavam o céu há muito tempo, mas nada acontecia. Enquanto isso, Luquinha terminou todo o seu chá, ainda sem ver nenhuma estrela cadente.
“Você sabe que essas estrelas na verdade não caem, né? Isso se chama chuva de meteoros…”, explicou o papai com um sorriso.
“Mas as estrelas caem! Eu já vi!”, respondeu o menino.
O papai riu, tomou um gole do chá e começou a explicar:
“Sim, quando vemos uma estrela cadente, parece que ela está caindo, é por isso que chamamos assim. Mas, na verdade, são meteoros. Quando eles entram na nossa atmosfera, caem bem rápido. Por causa da velocidade, eles criam uma luz no céu e isso, para nós, parece uma estrela cadente.”
Luquinha escutava cada palavra, cheio de admiração. Ele não fazia ideia de que eram meteoros.
“E você ainda aprendeu algo novo!”, disse o papai com orgulho.
O menino sorriu e voltou a olhar pelo telescópio, cheio de esperança. De repente, aconteceu.
“Está caindo! Papai, um meteoro entrou na nossa atmosfera e está caindo!”, gritou rapidamente. Mas tudo durou só um instante – logo o clarão desapareceu no céu.
“Eu vi um meteoro caindo!”, exclamou, dançando de alegria pelo quarto.
“Quando você vir uma estrelinha cadente, tem que fazer um pedido!”, disse o papai.
Luquinha riu: “Mas papai, você disse que não são estrelas, e sim meteoros.”
“São meteoros, sim, foi isso que eu te ensinei”, respondeu o papai, sorrindo. “Mas também podemos acreditar um pouquinho em milagres. Dizem que, quando a gente vê uma estrela cadente, deve fazer um pedido, mesmo que na verdade seja um meteoro.”
O menino fechou os olhos e fez seu pedido secreto. Não contou para ninguém. Ele sonhava em ver o universo com os próprios olhos. Acreditava que um dia seu desejo se realizaria e ele se tornaria um astronauta, viajando pelo espaço.
E, mesmo que não saibamos se uma estrela cadente – ou melhor, um meteoro – pode realizar um desejo, o importante é acreditar em milagres, sonhar e fazer de tudo para que esses sonhos realmente aconteçam.
