O sorvete de morango

Aos poucos o verão foi tomando o lugar da primavera e as crianças estavam animadas com o início das férias de verão. As ruas estavam iluminadas pelos raios de sol e preenchidas pelas risadinhas das crianças e pela alegria pelo fim do ano letivo. 

Nas ruas, também apareciam aquelas pequenas barraquinhas que as crianças tanto amavam. Vocês sabem o que elas vendiam? Sorvete, é claro! 

Numa pequena cidadezinha, também havia uma pequena barraquinha de sorvete que pertencia à Dona Clara. A barraquinha se chamava Paraíso do Sorvete. Todo mundo amava o sorvete dela. As crianças, os adultos, todo mundo. O sorvete dela era o melhor de toda a redondeza e pessoas de outros lugares vinham até sua barraquinha para experimentar aquelas bolas maravilhosas de todos os sabores. Mas havia um sabor que era extra especial: o sorvete de morango que vinha direto da hortinha da Dona Clara.

Histórias para dormir pequenas - O sorvete de morango
O sorvete de morango

Quando o sorvete de morango da Dona Clara acabava, ela acordava bem cedinho para colher morangos fresquinhos do seu jardim. Quando tinha morangos demais, ela os congelava direitinho para guardar para depois. 

Nesse dia, os morangos estavam vermelhinhos, suculentos e doces como mel. Dona Clara os lavou com jeitinho, picou em pedacinhos pequenos e bateu no liquidificador até virar um creminho gostoso. Quando terminou de preparar o sorvete de morango com todo carinho, ela o levou para sua barraquinha, que ficava bem na frente da sua casa. Quando Dona Clara acabou de preparar os outros sorvetes também, abriu sua barraquinha. Logo depois chegou o primeiro cliente do dia. Era uma menininha chamada Sandra.

“Bom dia, Dona Clara.”, disse Sandra alegremente com um sorriso bem grande. “Posso pedir uma bola de sorvete de morango, por favor?”

“Claro, Sandra”, respondeu Dona Clara, piscando o olho. A cidadezinha era pequena e todos se conheciam. A sorveteira pegou uma bola bem grande de sorvete de morango e entregou para a garotinha loirinha numa casquinha crocante.

Sandra foi lambendo o sorvete e seus olhos brilharam. 

“Este é o melhor sorvete de morango de todos os tempos!”, exclamou alegremente enquanto procurava trocados no bolso para pagar o sorvete. 

Foi quando de repente ela percebeu que não tinha nenhum dinheirinho ali. 

“Ó, não!”, exclamou a menina tristemente. “Não tenho dinheirinho aqui e meus pais estão trabalhando, me desculpa.”, disse a menininha tristemente, oferecendo o sorvete de volta. 

Dona Clara sorriu carinhosamente para a menina:

“Se você me ajudar e limpar aquelas mesas na frente da minha barraquinha, não precisa me pagar pelo sorvete.”

A Dona Clara era uma mulher muito esperta. Ela daria o sorvete para a pequena Sandra de graça mesmo, mas sabia que precisava ensiná-la que na vida nada é de graça. E assim, pelo menos a menininha aprende alguma coisa e também a ajuda um pouquinho.

Os olhinhos da Sandra brilharam de alegria. 

“Claro que sim!”, exclamou a menininha com determinação, colocando seu sorvetinho no suporte e saindo para limpar as mesas em frente à sorveteria com o paninho que a senhora lhe deu. 

E como ela se saiu bem! Quando a menininha terminou, sorriu para a Clara, que estava lhe entregando seu sorvete, que tinha até uma bolinha a mais no sorvete!

“Isso é pela sua dedicação.”, sorriu a Dona Clara para ela.

“O sorvete de morango deixa tudo mais doce, Obrigada!”, disse sorrindo para a Dona Clara.

Quando a menina cresceu, ajudava a Dona Clara com a sorveteria todo verão. Ela aprendeu que na vida nada é de graça e que o sorvete realmente deixava o seu verão mais bonito.

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