O sol brilhava, era um lindo dia de primavera. Ontem choveu e hoje o sol estava secando as poças das estradas. Por uma dessas estradas, uma família de gatos estava passeando.
“Queridos filhos, fiquem bem atrás de mim”, disse a mamãe gata. “Eu vou na frente e o papai vai atrás de todo mundo, para ninguém se perder.”
A mamãe gata saiu primeiro. Atrás dela iam três gatinhas e atrás delas vinha…
“Mamãe”, miou uma das gatinhas. “Mas o papai não está aqui.”
“Acho que ele se atrasou em casa, Helena”, disse a mamãe para o maior filhote, que era uma gatinha preta. “Corra para casa e chame seu pai para cá.”
Helena correu com suas perninhas curtas até a casa, espiou pela portinha e chamou: “Papai, onde você está?”

Ouviu-se um ronco vindo da caminha do gato. Helena seguiu o som. Claro, o papai gato ficou na cama e adormeceu novamente. Mas Helena sabia o que fazer. Ela pulou na caminha e começou a pisar nele com suas patinhas.
“O que está acontecendo? Acho que cochilei por um momento”, murmurou o sonolento papai gato.
“Miaaaau, acorda, seu dorminhoco. Vamos dar um passeio”, riu Helena enquanto puxava o gato da caminha.
Finalmente, todos estavam do lado de fora. A mamãe gata saiu primeiro pelo caminho, atrás dela iam três gatinhas e atrás delas ia…
“Mamãe”, gritou uma das gatinhas. “O papai não está aqui de novo! O papai se perdeu!”
“Onde ele pode estar?”, perguntou a mamãe gata olhando ao redor.
“Estou vendo-o”, falou a gatinha branca. “Está conversando ali na cerca com a tia gansa.”
“Vá buscá-lo, por favor, Mia”, disse a mamãe gata, esperando com as outras gatinhas até que Mia corresse até o papai.
Mia chegou ao portão em um instante, mas surgiu uma poça em seu caminho. “Vou pular por cima”, pensou. Ela correu, saltou, voou pelo ar por um momento e então SPLASH! Mia aterrissou bem no meio da poça. Espirrou tão forte que molhou até a tia gansa, que estava ao lado do portão. O pelo branco de Mia ficou marrom de repente.
“Ah, eu não sou mais todo branca”, chorou Mia.
O papai gato estava ao lado dela em um salto e a tirou da poça.
“Você é uma cabeça-dura, Mia. Não está com frio?”
Mia se sacudiu, fazendo lama e água voarem de seus pelos.
“Não, felizmente não me molhou muito. Vamos continuar o passeio?”, implorou Mia, pois tinha medo de que, por causa de seu banho indesejado na poça, tivessem que voltar para casa.
“Vamos continuar até a aldeia.”
E assim a família de gatos continuou o caminho. Primeiro foi a mamãe gata, depois a gata preta Helena, depois a Mia que já foi branca, depois a gatinha preta menor e atrás dela…
“Mamãe”, miou a última das gatinhas. “O papai não está aqui de novo! O papai se perdeu.”
“Onde ele está agora?”, perguntou-se a mamãe gata, quase torcendo o pescoço para tentar avistá-lo em algum lugar.
Mas o papai gato não estava em lugar nenhum.
“Mamãe, mamãe, estou vendo o papai”, anunciou a gatinha menor, apontando para o alto da copa de uma árvore alta.
“Por tudo que é mais felino, o que ele está fazendo lá em cima!?”, espantou-se a mamãe.
“Eu vou buscá-lo”, ofereceu-se prontamente a gatinha.
“Mas você não pode, Evelina, você ainda é muito pequena e não sabe subir em uma árvore tão alta.”
“Papai, o que você está fazendo aí?”, chamou Evelina debaixo da árvore.
“Vi uma borboleta e queria pegá-la, mas agora não a vejo em lugar nenhum.”
“Ah, ela já está aqui, pousada numa florzinha”, disse Evelina.
Logo depois, o papai gato pulou da árvore e correu atrás da borboleta. Mas a borboleta não esperou pelo gato. Bateu as asinhas e foi embora.
“Acho que já caminhamos o suficiente. Vamos para casa”, disse a mamãe gata. E assim pegaram o caminho de volta.
Primeiro foi a mamãe gata, depois foi a gata preta Helena, em terceiro foi a gata Mia que já foi branca, em quarto foi a gata preta Evelina e atrás dela…
“Mamãe”, chamaram todas as três gatinhas, quando já estavam quase na porta de casa. “Papai não está aqui de novo. Papai se perdeu!”
“Mas que nada, crianças”, disse a mamãe gata, abrindo a porta.
Já no corredor dava para ouvir a respiração. E quando as gatinhas correram um pouco, encontraram o papai no caminha, já dormindo.
“Papai, o que você está fazendo aqui?”, perguntaram as gatinhas.
“Eu estava tão cansado do passeio que corri na frente de vocês para ser o primeiro a dormir”, admitiu o gato, deixando as gatinhas e a mamãe gata pularem sobre ele. E então todos se aconchegaram e adormeceram docemente. Que passeio foi esse!
Excelentes contos