Era um lindo dia ensolarado, e os pais da pequena Clarinha tinham preparado uma surpresa incrível para ela, que estava completando dez anos.
A menininha sempre sonhou em ter um cachorrinho só dela. E, naquele dia, seus pais decidiram realizar esse desejo.
“Hora de levantar!”, chamou a mamãe da cozinha, acordando Clarinha para o café da manhã.
Na mesa, tudo parecia igual, incluindo seu mingau com frutas. Clarinha olhou ao redor, desconfiada.

“Humm… será que esqueceram do meu aniversário? Cadê o bolo, os presentes?”, pensou, desapontada. Realmente, não havia sinal de festa, só o café da manhã de sempre.
Depois de comer, os pais disseram que iriam sair com ela para dar uma passada em uma loja. Clarinha entrou no carro em silêncio, olhando pela janela, ainda se perguntando se tinham esquecido mesmo.
Foi então que percebeu algo diferente… aquele não era o caminho de sempre.
De repente, o carro dobrou a esquina e parou em frente ao abrigo de animais da cidade.
“Eu vou ter um filhotinho!”, gritou Clarinha, pulando do carro, cheia de alegria.
Ela não acreditava no que via: finalmente teria seu próprio cachorrinho para cuidar! Os pais a observaram com sorrisos nos olhos, felizes com a surpresa.
Dentro do abrigo, Clarinha andava de um lado para o outro, encantada com tantos cachorrinhos. Havia tantos rabinhos abanando, todos esperando por um lar. Os cãezinhos latiam e pulavam, como se quisessem dizer: “Me escolhe, me escolhe!”
Foi então que Clarinha parou diante de um cachorrinho branco chamado Paçoca. Ele era diferente dos outros, tinha apenas três patinhas. Mas havia algo especial naqueles olhos azuis que fez Clarinha se encantar. Era como se Paçoca já soubesse que ela viria.
Mesmo com a patinha a menos, ele abanou o rabo e começou a mostrar alguns truques, como se estivesse tentando impressioná-la.
“Vem, meu amor, vem ver os filhotinhos. Você sempre quis um filhotinho!”, disse a mamãe, levando-a até o cercadinho onde vários cachorrinhos brincavam juntos.
Clarinha viu cãezinhos de todos os tipos: um ruivinho arteiro, um grandalhão preto e um branquinho pequenino que latia sem parar. Todos eram adoráveis. Mas, no fundo, ela sabia que seu coração já tinha escolhido.
“Eu sei que queria um filhotinho… mas acho que já escolhi meu cachorrinho”, disse Clarinha, olhando para os pais e para a senhora do abrigo.
Os pais se entreolharam, surpresos. Afinal, ela sempre falava em ter um filhote novinho.
Sem esperar resposta, Clarinha correu até a casinha onde estava Paçoca. Assim que a viu, o cachorrinho pulou animado e abanou o rabinho ainda mais rápido.
“É esse que eu quero!”, disse Clarinha, sorrindo de orelha a orelha.
No começo, os pais hesitaram. Sabiam que cuidar de um cachorrinho com necessidades especiais poderia ser mais difícil. Mas era o aniversário da filha, e ela estava tão decidida! Por fim, concordaram. E assim, Paçoca foi para casa com eles.
Desde o primeiro dia, Clarinha e Paçoca se tornaram inseparáveis. Ela preparou uma caminha nova, comprou brinquedos, escolheu a melhor ração e começou a ensinar novos truques.
Paçoca a seguia por toda parte. Mesmo com três patinhas, ele parecia não se importar com nada, desde que estivesse com Clarinha. E Clarinha sabia que ele era o seu melhor presente.
Afinal, nem sempre é o dono quem escolhe o cachorrinho. Às vezes, é o cachorrinho que escolhe o dono. E havia algo mágico entre eles. Algo que só os dois conseguiam entender.
Parabéns para quem escreveu, ensinando a amar e respeitar a diversidade! Linda história!
Adorei o conto mostra a todas as crianças que nem todas as prendas são tão preciosas como adotar um animal de estimação com amor e carinho com grande consistência dos pais tudo é possível. Os animais dão muito deles a nós é tão bom. Espero que muitos pais, avós leiam histórias como estás.