Ajudando a natureza

O colorido Senhor Outono estava chegando devagarzinho ao fim. As folhas coloridas já estavam todas espalhadas pelo chão, e a brisa outonal começava a se transformar, aos poucos, no vento frio da gelada Senhora Inverno.

Mas o dia de hoje na escola foi diferente dos outros. As crianças não ficaram estudando na sala de aula. Elas saíram para a natureza. No parque, elas viram a última mágica do Senhor Outono — as folhinhas coloridas enfeitando o chão, mas também todo o lixo que pessoas descuidadas tinham deixado espalhado.  

Histórias para dormir pequenas - Ajudando a natureza
Ajudando a natureza

Então as crianças, junto com as professoras, decidiram trabalhar em conjunto para recolher todo aquele lixo jogado pelo chão. Dessa forma, protegeriam a natureza e ajudariam o Senhor Outono, fazendo com que sua obra de folhas coloridas se destacasse.

“Eu não quero!”, resmungou baixinho Adélia, junto com seu amigo Michel, enquanto estavam parados com os colegas organizados em grupos. As crianças receberam luvas e sacos para o lixo.

“Quem sujou que limpe!”, falou um grupo ao lado, onde estavam os alunos mais velhos.

“Exatamente!”, disse outro, que estava distraído jogando no celular.

A professora sorriu para as crianças e explicou:

“Sabem, nem todo mundo é responsável e joga o lixo na lixeira. Com isso, acabam destruindo não só este lindo parque, mas também a natureza.”

“E hoje não vamos estudar nem brincar no celular. Vamos ajudar a limpar o parque para que ele fique agradável e seguro de novo para nós e para os bichinhos que vivem aqui!”, disse outro professor aos alunos.

“Mas por que temos que fazer isso?”, perguntou Adélia, irritada.

“Porque a natureza sofre com todo esse lixo. O lixo deve ir na lixeira, e a gente pode ajudar pelo menos um pouco. Agora, luvas nas mãos! Vamos recolher o lixo para colocar nos sacos!”, gritaram os professores.

As crianças se espalharam pelo parque em grupos, com os professores caminhando entre elas, ajudando.

Adélia não gostava de pegar embalagens grudadas de chocolate ou garrafas plásticas.

“Eca!”, dizia a menina toda vez que colocava o lixo no saco.

“Olha só! Tem alguma coisa ali!”, gritou Michel, ao perceber um saco plástico se mexendo num arbusto.

Mas o lixo não se mexe sozinho, só com o vento. E naquele momento só soprava uma brisa suave e fresca.

Adélia pegou uma madeira seca que estava no chão e, com cuidado, cutucou o saco. De repente, ouviu um barulho baixinho. O que seria?

Adélia não hesitou. Junto com Michel, abriu cuidadosamente o saco. Dentro havia um pequeno porco-espinho enroscado, com as patinhas da frente presas no plástico.

Adélia saiu correndo atrás da professora para pedir ajuda. Então, com o apoio dela, as crianças libertaram o porco-espinho.

O bichinho saltou feliz, sorriu para seus salvadores e desapareceu nos arbustos.

“Estão vendo? Essa coleta de lixo realmente vale a pena! Vocês acabaram de salvar a vida de um pequeno porco-espinho!”, disse a professora, orgulhosa.

As crianças concordaram, acenando com a cabeça.

E assim, orgulhosos do que tinham feito, Adélia e Michel recolheram todo o lixo que encontraram pelo caminho e contaram a história do porco-espinho enroscado para todos os seus colegas de classe.

As crianças continuaram catando o lixo com mais animação do que nunca, pois perceberam como é importante cuidar da natureza. A gente nunca sabe qual bichinho pode precisar de ajuda. Não só o porco-espinho, mas também passarinhos e até crianças podem se machucar com o lixo jogado no chão ou pegar micróbios perigosos.

No fim do dia, as crianças combinaram com as professoras que iriam também ao parque perto da escola e que, sempre que vissem lixo no chão, colocariam uma luva ou um saco na mão para recolher e jogar no lugar certo: a lixeira.

E assim todos nós já sabemos: o lixo vai na lixeira, e não no chão!

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