A união faz a força

Quando chove, a água toma conta de tudo. As lagoas crescem, os rios ficam cheios, e nas calçadas aparecem várias poças d’água. Uma vez, choveu tanto que o rio da nossa cidadezinha subiu demais, e quase transbordou! Mas, por sorte, tudo foi salvo graças aos castores e aos passarinhos. E sabe como eles conseguiram? Trabalhando juntos.

Já chovia há vários dias e no céu só apareciam nuvens cinzas e escuras. Todos estavam se protegendo em suas casas e os bichinhos da floresta em suas tocas. O rio que passava pela cidadezinha ficava cada vez mais cheio e suas margens se expandiam cada vez mais. Os castores andavam de um lado para o outro, preocupados em como impedir que o rio transbordasse. Eles precisavam pensar rápido, pois havia cada vez mais água.

Contos para dormir - A união faz a força
A união faz a força

Foi aí que um deles teve uma brilhante ideia: “Já sei! Se bloquearmos o rio do lado certo, a água vai correr para o outro lado e seguir para o mar. Assim salvamos a aldeia. Ao trabalho! Vamos construir uma represa!”, concluiu.

Os outros castores adoraram a ideia e começaram a trabalhar. Carregaram troncos, roeram até ficarem no tamanho certo e empilharam um sobre o outro com muito cuidado. A represa ficou pronta rapidinho. Mas a chuva não parava e a água continuava subindo. 

“Precisamos que pare de chover, senão a água vai passar por cima da represa!”, gritavam os castores. Parecia que não tinha jeito, eles corriam de um lado para o outro tentando colocar os últimos troncos, mas continuava chovendo e a água subindo.

A aldeia podia ser inundada a qualquer momento, mas um castor teve uma outra ideia: “Precisamos de vento para soprar as nuvens e espalhar elas pelo céu. Só assim vai parar de chover. E para isso, precisamos chamar os passarinhos. Eles podem voar alto e pedir ajuda para o vento. O vento não consegue nos ouvir daqui por causa da chuva, mas os passarinhos podem voar até ele.

Os castores começaram a gritar: “Passarinhos, por favor venham nos ajudar. Voem até o céu e digam para o vento soprar bem forte para afastar as nuvens. Precisamos afastá-las para que pare de chover o quanto antes. Senão a água vai transbordar da represa e vai alagar a aldeia!”.

“Está bem, vamos tentar!”, responderam os passarinhos. Eles voaram o mais alto que conseguiram e começaram a chamar o vento. Chamaram com todas as forças para que o vento os ouvisse. Foi difícil, pois a chuva molhava suas penas. Mas mesmo em meio a dificuldade, eles não desistiram. 

Finalmente o vento os ouviu. Quando viu o esforço dos castores e dos passarinhos, soprou com toda a sua força. Soprou tão forte que as nuvens se abriram e a chuva parou. Logo o céu azul apareceu e a água do rio se acalmou, parando na beira da represa. Devagar começou a descer, correndo para o mar.

A aldeia estava salva! Os castores e os passarinhos comemoraram juntos. E todos aprenderam que, se tentassem sozinhos, não conseguiriam. Mas quando cada um ajuda do seu jeito, até o problema mais difícil pode ser resolvido.

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