A raposa e o porco-espinho

Certa vez, uma raposa esperta estava morrendo de fome. Então, ela saiu de seu esconderijo e foi correndo pelo campo recém-arado, farejando em busca de algo para comer. De repente, viu um porco-espinho sentado ao lado de um ninho de ratos, saboreando sua refeição com gosto.

A raposa se irritou: 

“Isso não é comida para uma bolinha de espinhos como você! Vai ser meu!”, gritou, tomando o ratinho dele e o engolindo num piscar de olhos.

O porco-espinho ficou furioso:

Histórias curtas para dormir - A raposa e o porco espinho
A raposa e o porco espinho

“Espero que você se engasgue, sua ladra!”, gritou o porco-espinho. E então começou a provocá-lo: 

“Para que servem esses seus espinhos ridículos?”

O porco-espinho respondeu com calma:

“São a minha defesa contra os inimigos.”

A raposa caiu na gargalhada:

“Eu não preciso de nada disso! Sou esperta, astuta, ardilosa e cheia de truques. Em resumo, fui feita para me dar bem em qualquer situação!”

Mal tinha terminado de se gabar, ouviu-se um uivo alto, e dois cães saltaram dos arbustos. O porco-espinho, sem perder tempo, se encolheu todo, virando uma bolinha espinhenta. Já a raposa teve que correr. Os cães farejaram o porco-espinho, mas acabaram se espetando e logo desistiram. Então saíram em disparada atrás da raposa, que tentava fugir usando todos os truques que conhecia. Mas foi em vão — os cães finalmente a alcançaram e a levaram de volta para o dono.

E assim, a raposa aprendeu que nem sempre a esperteza é suficiente. Às vezes, uma defesa simples pode ser mais poderosa do que mil artimanhas. Sua arrogância diante do porco-espinho acabou se voltando contra ela. 

Enquanto isso, o pequeno porco-espinho seguiu tranquilo, passeando pelo campo à procura de outro ratinho para saborear.

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