Um pequeno mosquito voava pela paisagem. Ele adorava voar sobre as superfícies dos lagos, onde podia ver seu reflexo. Este mosquito era muito vaidoso. Quando passava por uma mosca que descansava à sombra, ajeitava seu bico e os poucos pelos que tinha na cabeça.
“Preciso estar bonito, aquela mosca deve estar olhando como sou charmoso”, dizia o mosquito para si mesmo.
Mas a mosca não estava nem aí para o mosquito. Ela continuava relaxando na sombra de uma maçã podre e se animava com a ideia de comê-la. Mas o mosquito não sabia disso e continuou se exibindo.

Com todo aquele voo, ele acabou ficando muito cansado. Afinal, parecer sempre bonito enquanto voa contra o vento é bem cansativo. E, por isso, o mosquito decidiu que precisava descansar.
“Onde eu poderia me sentar um pouco?”, pensou o mosquito enquanto olhava ao redor. Foi quando viu um touro parado no pasto.
“Esse tem chifres grandes e bonitos, vai ser um bom lugar para me sentar”, disse o mosquito, que imediatamente pousou no chifre do touro. “Que honra para esse grande animal abaixo de mim ter alguém como eu sentado nele.”
Quando o mosquito já estava descansado, decidiu se levantar e pensou que seria uma boa ideia se despedir do animal também.
“Já descansei, touro, vou voar de novo”, anunciou o mosquito, voando em círculos diante dos olhos do touro.
“Vá lá voar”, resmungou o touro. “Não me importo nem um pouco. Eu nem tinha percebido que você estava aqui, então por que eu deveria me importar que você vai embora?”
O mosquito então franziu a testa. Então aquele ruminante estúpido não o notou? O mosquito bufou e voou para longe. No caminho, o mosquito de repente se deu conta que talvez não fosse tão importante quanto pensava.