Aline e a fada da floresta

Aline era uma menina de dez anos, com cabelos loiros cacheados e olhos castanhos bem escuros. Ela era amável e gentil, e estava sempre sorrindo. Morava perto da floresta e gostava de passar o tempo lá, observando os animais e ouvindo os pássaros cantarem. 

No início de março costumava estar frio. Pela manhã, a névoa fria percorria a floresta. Alguns animais ainda dormiam, outros começavam a sair de suas tocas. Aline saltitava pela floresta recolhendo pinhas para levar ao comedouro dos animais. Ao se abaixar para pegá-las, ouviu uma vozinha: “Oi, Aline, como você está hoje?”.

Histórias para crianças - Aline e a fada da floresta
Aline e a fada da floresta

A menina levou um susto, pulou para trás e olhou ao redor, mas não viu ninguém. “Estou aqui embaixo. Debaixo das pinhas. Olhe direito”, disse a voz de novo. Aline olhou para baixo e, entre os galhos, viu uma pequena fada. Ela acenou com a mão e disse: “Eu sou a fada da floresta. Observo você há muito tempo. Você ajuda os animais, é esperta e bondosa. Tenho um poder mágico e quero te recompensar pelo jeito como cuida da floresta. Olha, tenho aqui alguns objetos”.

A fada tirou do bolso um guardanapo, um bastão, um chapéu e uma bolsinha. “Pronto, tudo isso é seu. Por favor, pegue”, disse a fada, estendendo as mãos. “O que eu faço com isso?”, perguntou Aline. “Bom, na vida eles podem te ajudar muito. São coisas mágicas. Vou te mostrar”, explicou a fada, pegando cada item.

Primeiro, ela pegou o guardanapo e disse: “Guardanapo, faça sua mágica!”. Mas, em vez de trazer comidas, o guardanapo se enrolou e começou a pular por aí, procurando alguém travesso para perseguir. “Nossa, que bagunça”, disse a fada. Então ela pegou o bastão e disse: “Bastão, sua vez!”. O bastão pulou e começou a dançar e trazer comidas. A fada ficou surpresa.

“Isso não é possível, os objetos estão fazendo o oposto”, comentou a fada. O mesmo aconteceu com o chapéu e a bolsinha: do chapéu vieram moedas, e a bolsinha fez a pessoa ficar invisível. A fada da floresta ficou preocupada: “Estraguei tudo. As coisas mágicas trocaram de poder. O que vou fazer? Queria recompensá-la, mas agora não dá”. Enquanto a fada ficava triste, Aline apenas ria.

“Mas, fada, não se preocupe. É bonito você querer me recompensar. Fico feliz com os presentes, mesmo que tenham poderes confusos. Toda vez que eu usar os objetos, vou rir e lembrar de você. Não fique triste”, consolou Aline.

“Aline, você é tão amável. Aqui estão os objetos mágicos. Espero que eles te ajudem, mesmo com os poderes esquisitos. Nunca esquecerei o quão doce você foi comigo”, disse a fada, entregando à menina todos os presentes. Depois, ela desapareceu entre as pinhas. Aline ficou muito feliz. Ela carregava os presentes para todo lado e aprendeu a usá-los. Ela nunca se esqueceu da doce fada atrapalhada da floresta. Aline sonhava em vê-la de novo entre as pinhas.

4.6/5 - (37 votos)

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Topo